sexta-feira, 12 de julho de 2013

Crítica: I Saw The Devil (Eu vi o Diabo)

Nome original: Akmareul Boatda
País de Origem: Coréia do Sul
Ano: 2010
Roteiro: Hoon-jung Park
Direção: Kim Jee-Woon

Quando se trata de cinema de horror, não tem para ninguém senão nossos amigos orientais. A maioria lógico, vem do Japão, mas Coréia do Sul cada vez mais mostra que não tem só Oppa Gangnam Style para oferecer. Prova disso é o thriller surpreendente Old Boy, A Tale of Two Sisters e Hospedeiro (que terão uma crítica em breve aqui), mas em 2010 os sul-coreanos nos presentearam com esta película que foi simplesmente um dos filmes mais perturbadores que eu já vi. I Saw The Devil é inquietante, é instigante, é agonizante, é violento, é simplesmente perturbador.


A sequência inicial é propositalmente incômoda ao extremo. Joo-Yeon está presa no meio de uma tempestade de neve forte, pelo celular ela mantém contato com seu namorado Soo-yhun, um policial com um temperamento explosivo. Ela o informa que um homem estranho pediu para dar uma olhada no carro e resolver seu problema, e mesmo ela insistindo que não era necessário, ele foi ver mesmo assim. O homem diz que o carro está afogado, mas ela insiste que irá aguardar o guincho. O simpático homem se decepciona com o fato de ter sua ajuda recusada, então ele vai ao seu carro e volta com um martelo. Quebra a janela do carro e atava a mulher a marteladas. Em seguida vemos a metodologia em desmembrar suas vítimas que o assassino utiliza, em outra cena de trincar os dentes.


Algum tempo depois o namorado e o pai da jovem, também policial  encontram a cabeça dela em um rio. Isso simplesmente destrói Soo-yhun que jura vingança ao assassino de sua esposa. Aí então começa um jogo de gato e rato mirabolante. É difícil continuar daqui sem entregar nenhum spoiler, mas o filme simplesmente não pára um segundo depois disso.

A vingança que Soo-yhun está em busca é bem pior que a da Mamba Negra em Kill Bill. Ele não vai simplesmente matar o assassino de sua esposa. Ele quer que o Serial Killer sinta toda a dor e medo que sua amada sentiu. Para isso, ele vai caçá-lo, torturá-lo e... Soltá-lo. Quando o homem se recuperar, Soo-yhun vai caçá-lo, torturá-lo e adivinhe só... Soltá-lo. Mas todos nós sabemos que nunca se deve subestimar um assassino em série.


A violência é tão real e impactante que te deixará de olhos arregalados a cada cinco minutos. Não é uma violência apelativa, apenas com o intuito de chocar no estilo Torture Porn, o filme simplesmente não se importa em chocar, proporcionando algumas das melhores cenas que o cinema de horror já viu. Não me lembro de ficar tão extasiado com um filme desde Martyrs.

A personalidade e a vida do assassino são muito bem exploradas. Conhecemos seu perfil frio, sua família, seu métodos, seus amigos e suas "motivações". Cada minuto é muito bem desenvolvido e nos leva a uma virada sensacional. Simplesmente não dá para piscar um segundo. A fotografia apenas coopera para o ambiente da história, com cenas rápidas e movimentos de câmera intenso, temos um resultado que te faz sentir a adrenalina em cada take.

A pergunta incômoda que o filme te obrigar a fazer é "O que é um psicopata?". Psicopata é aquele cara sem sentimentos que tortura e mata alguém, correto? O que faz por vingança se diferencia do que faz por prazer?



QUANTO VALE?

Por que cinco pipocas é o máximo. Esse filme é simplesmente INDISPENSÁVEL para qualquer um fã do gênero.
Comentários
2 Comentários

2 comentários:

  1. Oi Felipe!!
    Indiquei o seu blog nessa tag:
    http://marcielamendes.blogspot.com.br/2013/07/tag-little-big-blog.html

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