Não lembro exatamente quando, mas eu era bem pequena quando comecei a vê-los. Meus pais insistiam todas as noites que era coisa da minha imaginação, porém eu garanto que não era. Os pelos que me davam calafrios eram reais. A língua nojenta que tocava minha pele era real. O sangue que aquela coisa levou de minhas veias era real.
Era a noite, em minha cama, que eu conseguia me concentrar e
vê-los, inclusive até ouvi-los. Geralmente eles vinham em grupo. Sem chamar
atenção eles entravam em meu quarto, sabiam que meus pais não criam em sua
presença. Cochichavam em meus ouvidos tudo o que fariam comigo. A sensação de
ser uma presa indefesa, tendo como proteção um fino cobertor é simplesmente
terrível. Hora ou outra descobria a cabeça para respirar e via eles ainda lá,
me encarando com o olhos famintos e fixos.
Eu cresci, e junto com o amadurecimento, vieram também
algumas respostas. Descobri que eu não havia sido a única vitima deles. Bastou
uma rápida pesquisa para saber que milhões de pessoas haviam sido mortas por
eles. Mas por algum motivo eles ainda me mantinham viva, me torturando.
Obviamente, eu também não era a única a vê-los. Tomei conhecimento de empresas
que trabalhavam para evitar que o mal causado por eles fosse menor. Era até
engraçado a forma como ninguém se importava com essas criaturas. O governo, o
povo, todos eram coniventes com esse massacre. Pessoas morrendo todos os dias e
a nossa convivência com eles sendo tratada como a coisa mais normal do mundo.
Quase havia me esquecido da existência deles, após tanto
tempo sem nos encontrarmos. Mas naquela noite, aquele som familiar me acordou.
Eles voltaram. Cochichando ao meu ouvido coisas terríveis. Eu não aguentaria
mais um dia sob suas ameaças. Sua saliva tocando meu corpo. Suas patas nojentas
percorrendo minha face.
Azar deles não saberem que eu já havia me preparado. Todas
as armas que pudessem ser usadas contra eles pode ter certeza que eu tinha.
Acabei com todos em minutos. Não sobrou nada mais que restos mortos pelo meu
quarto e um único sobrevivente. Pela primeira vez, agora eu era o predador e
ele a caça. Podia sentir o medo pulsar naquele corpo estremecido. Levantei as
duas mãos cruas, e em um movimento rápido as fechei. Aquela maldita criatura
caiu agonizante no chão. "Odeio mosquitos" suspirei antes de ir-me
deitar.
HAHAHAHAHA, muito boa cara! Fucking troll!
ResponderExcluirAdoreiii cara :)
ResponderExcluirdemonio e vc?
ResponderExcluirmuito bom,muito bom mesmo hsuashausauhsa
ResponderExcluirKkkkkkkkkk hilário,perfeito
ResponderExcluirKkkkkkkkk que bobo
ResponderExcluirKkkkkkkkk que bobo
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