sábado, 11 de maio de 2013

Creepypasta: Malditas criaturas

TEXTO DE MINHA AUTORIA.

Não lembro exatamente quando, mas eu era bem pequena quando comecei a vê-los. Meus pais insistiam todas as noites que era coisa da minha imaginação, porém eu garanto que não era. Os pelos que me davam calafrios eram reais. A língua nojenta que tocava minha pele era real. O sangue que aquela coisa levou de minhas veias era real.

Era a noite, em minha cama, que eu conseguia me concentrar e vê-los, inclusive até ouvi-los. Geralmente eles vinham em grupo. Sem chamar atenção eles entravam em meu quarto, sabiam que meus pais não criam em sua presença. Cochichavam em meus ouvidos tudo o que fariam comigo. A sensação de ser uma presa indefesa, tendo como proteção um fino cobertor é simplesmente terrível. Hora ou outra descobria a cabeça para respirar e via eles ainda lá, me encarando com o olhos famintos e fixos.


Eu cresci, e junto com o amadurecimento, vieram também algumas respostas. Descobri que eu não havia sido a única vitima deles. Bastou uma rápida pesquisa para saber que milhões de pessoas haviam sido mortas por eles. Mas por algum motivo eles ainda me mantinham viva, me torturando. Obviamente, eu também não era a única a vê-los. Tomei conhecimento de empresas que trabalhavam para evitar que o mal causado por eles fosse menor. Era até engraçado a forma como ninguém se importava com essas criaturas. O governo, o povo, todos eram coniventes com esse massacre. Pessoas morrendo todos os dias e a nossa convivência com eles sendo tratada como a coisa mais normal do mundo.

Quase havia me esquecido da existência deles, após tanto tempo sem nos encontrarmos. Mas naquela noite, aquele som familiar me acordou. Eles voltaram. Cochichando ao meu ouvido coisas terríveis. Eu não aguentaria mais um dia sob suas ameaças. Sua saliva tocando meu corpo. Suas patas nojentas percorrendo minha face.
Azar deles não saberem que eu já havia me preparado. Todas as armas que pudessem ser usadas contra eles pode ter certeza que eu tinha. Acabei com todos em minutos. Não sobrou nada mais que restos mortos pelo meu quarto e um único sobrevivente. Pela primeira vez, agora eu era o predador e ele a caça. Podia sentir o medo pulsar naquele corpo estremecido. Levantei as duas mãos cruas, e em um movimento rápido as fechei. Aquela maldita criatura caiu agonizante no chão. "Odeio mosquitos" suspirei antes de ir-me deitar.
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