terça-feira, 23 de setembro de 2014

Eminem: O Serial Killer do Rap || Parte 1

Talvez você já tenha visto o post que eu fiz sobre o falecido G.G Allin e a sua loucura nos palcos, mas nada se compara ao talento do Deus do Rap. Eminem é a alcunha de Marshal Matters (suas inciais são MM, e a pronúncia em inglês é Eminem). Seu primeiro álbum The Marshal Matters LP se tornou o álbum de rap mais vendido da história dos Estados Unidos. Seu segundo álbum The Slim Shady LP ganhou um Grammy como melhor álbum de Rap. O cara já passou por altos e baixos, overdoses e muitos problemas; porém nunca deixou de retrata-los em suas músicas.

Aí você pergunta: "Mas porque fazer um post sobre o Eminem nesse blog Felipe? A temática não é terror?" Exatamente, meu caro. Vamos fazer uma breve análise de algumas músicas dele e você vai entender o porque do nome desse post.

Antes de mais nada é preciso explicar uma coisa: Eminem é como se fosse uma trindade; um maluco saído do hospício e com múltiplas personalidades (até fiz uma rima). Cada letra sua é cantada por um "personagem" diferente. Marshal Matters é o cara normal, pai de família, que ama sua filha; é ele cantando as músicas "Mockingbird", "When I'm Gone", "Going Trough Changes" e outras. Eminem é o cara das rimas geniais e que não se importa com o que você pensa; o cara que quebraria a sua cara; é ele cantando músicas como "Lose Yourself", "Till' I Colapse", "Sing For The Moment", "Survival". Slim Shady é o cara que quebraria sua cara e estupraria sua mãe. E é basicamente sobre o Slim Shady que falaremos nesse post.

AVISO: Caso você seja fã do Eminem, assim como eu, entenda que o intuito deste post é dissertar sobre a violência nas músicas dele, e não questionar de qualquer forma a qualidade.

Eminem teve uma infância não muito agradável. Seu pai sumiu quando ele tinha um ano e meio, sua mãe era uma drogada, e os dois viviam em uma periferia de Detroit - conhecida por ser uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos. Na escola ele sofria Bullying constantemente, e chegou a levar uma surra que o deixou em coma. Essa sua experiência com Bullying o fez criar rimas polêmicas, como na música I'm Back


A letra toda fica clara como a mente de Eminem é perturbada. Mas por causa de um verso o álbum que continha essa música quase chegou a ser censurado. No minuto 3:00 da música ele faz o seguinte verso: "Eu pego sete crianças de Columbine e as coloco em uma fileira. Adiciono uma AK-47, um revólver ou uma pistola 9mm, que pode solucionar o problema. E aí está, uma escola cheia de valentões baleados de uma só vez".

Caso você não tenha conhecimento, em 20 de Abril de 1999 dois jovens de 17 e 18 anos invadiram o Colégio de Columbine armados e atiraram contra um monte de alunos, matando 13 e ferindo 21. A questão aqui é que a possível motivação seria de que estes dois jovens sofriam constantemente com humilhações e agressões de outros alunos. O evento que ficou conhecido como O Massacre de Columbine começou por causa de Bullying, e é justamente isso que Slim Shady mostra em sua letra. A música foi lançada menos de um ano após o Massacre e a canção foi censurada, mesmo após cortarem as palavras "Crianças" e "Columbine".

Mas essa não foi a primeira e nem seria a última vez em que Slim Shady teria suas rimas censuradas devido ao conteúdo polêmico. Eis alguns exemplos abaixo, em uma música que o próprio nome deixa claro que não dá a mínima para o que você pensa. Na letra de "Just Don't Give a Fuck", ele diz: "Fui para a academia na oitava série e estuprei uma das meninas da equipe de natação". A palavra "Estuprei" teve de ser censurada; e esse foi apenas o primeiro clipe do cantor.


Mas as rimas controversas não são exclusividades de suas próprias músicas. Em sua participação em uma música da cantora Missy Elliot, chamada Busa Rhyme ele diz: "Eu vou acertar a barriga de uma mulher grávida com minha bagagem.". Um pouco demais? A censura também achou, e esse verso foi invertido.



Mas de forma alguma existem duas músicas que retratam a psicopatia de Slim Shady tão bem quanto 97' Bonnie & Clyde e Kim. Em 97' Bonnie & Clyde, Eminem e sua filha Hailie estão tentando se desfazer do corpo de Kim, sua ex-mulher e mãe de sua filha. Lindo, não? Ouça e veja que história "bonita".
Ps: A música demora um pouco para "começar", mas ouça esse início porque ele é importante. Mais adiante você entenderá.


Você ter percebido que o "cenário" dessa canção foi a inspiração da ilustração da capa do álbum The Slim Shady LP. Como se a história mórbida não fosse o suficiente, Eminem levou sua filha ao estúdio para gravar alguns pedaços da música; claro que ela não sabia o que estava gravando, já que ele disse que a levaria para comer um hamburuger e nada mais. Essa música estava no primeiro álbum dele e a "piada de mau gosto" causou uma tremenda polêmica; mas era apenas o íncio. Apenas.

Nesse mesmo álbum está um dos maiores sucessos do rapper. Quem nunca escutou o refrão "Hi, My name is... *Chicka chicka* Slim Shady!"?


É claro que a letra teve de ser alterada para que o clipe pudesse ser feit e o single tocasse nas rádios. Em espécifico em um verso onde ele diz: "Extraterrestre, matando pedestres / Estuprando lésbicas enquanto elas gritam: Vamos ser apenas amigos!". Na versão clean que a maioria conhece ficou: "Extraterrestres atropelando pedestres em uma nave espacial / Enquanto eles gritam para mim: Vamos ser amigos!"
Mais tarde versos desse tipo lhe renderiam a fama de homofóbico.

É com essa música que surge a primeira batalha judicial de Eminem com sua mãe Debbie Mathers. Ela o processou em U$ 10 milhões por causa dos versos onde ele diz que gravaria um disco inteiro sobre usar drogas e o dedicaria a ela, insinuando que ela era viciada (o acordo acabou ficando em U$ 25 mil, o que é menos do que ela gastou com advogados), e claro, porque ele diz que esperneava de fome porque sua mãe não podia amamenta-lo pois não tinha peitos. A mãe de Eminem teve toxemia sanguínea quando lhe deu a luz, o que a incapacitou de amamenta-lo.

Antes de seguirmos adiante é importante mencionar outro single deste mesmo álbum: Role Model. A letra não é violenta e repleta de mortes, mas o clipe fala por si só porque houve mais uma polêmica. Assista abaixo o clipe legendado, com padre pedófilo, piadas com AIDS, referências a Psicose e um pouuinho mais:


A grande questão é que Slim Shady está realmente pouco se lixando. Suas letras são exatamente para incomodar. Para você pensar, porque me incomoda mais falar sobre o fato, do que o fato em si? Isso fica bem explícito na letra de Criminal:


Por enquanto é só. Em breve na parte dois falaremos sobre a música em que Eminem esfaqueia a própria esposa e uma criança de oito anos, e também estupra a própria mãe. Moleza né? Fique ligado no blog que logo mais sai a parte dois.

Ps: SIM, VOLTAMOS CARAIO!

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