quinta-feira, 25 de julho de 2013

Crítica: Sharknado

Nome original: Sharknado
País de origem: Estados Unidos
Ano: 2013
Roteiro: Thunder Levin
Direção: Anthony C. Ferrante

Antes de mais nada, querido leitor, gostaria que você se levantasse e desse, de pé, uma calorosa salva de palmas para o idealizador desse filme. E é claro, também ao crack, pois sem ele, esse filme não teria sido possível. Porque afinal, um filme sobre um tornado de tubarões, só pode ter sido criado por uma pessoa muito louca e sob o efeito de três ou quatro entorpecentes diferentes.

Agora que você já prestou a devida homenagem, preciso lhe dizer quatro coisas. Primeira, o filme foi produzido pelo canal gringo SyFy conhecido por bizarrices como homens-pernilongo, cobras gigantes, e outras tranqueiras de ficção científica. Segunda coisa é, esse filme foi feita em associação com a The Asylum, já conhecida por seus filmes horrorosos. A terceira, é que esse é filme, é sobre um tornado de tubarões, então não espere coerência, porque esse é o último objetivo desse filme. É necessário desligar o cérebro antes de dar o play. A quarta, é que essa crítica será longa, porém vale muito a pena. Sério. Agora sim, vamos falar sobre o filme em si.


O filme obviamente não foi feito para ser levado a sério (pelo menos eu espero), então começamos sendo apresentados a dois personagens inúteis para a trama, que servirão apenas como jantar para os tubarões. Um "homem de negócios" que esta negociando os tubarões que serão capturados pelo do dono do navio, onde ambos estão. Há uma cena de diálogos chatos e sem sentido, então um tornado de tuabarões aparece, e os bichos comem os dois e o resto da tripulação. Fim da introdução. É simplesmente isso mesmo, não tem mais o que falar. A não ser é claro o fato de eu não conhecer essa época do ano em que todos os tubarões do mundo de todas as espécies migram juntos para um mesmo lugar.

A partir daqui, já adianto que darei inúmeros spoilers, porque seria impossível fazer essa crítica sem contar algumas cenas e detalhes. A cada minuto, uma nova situação cômica surge. Como o segundo ataque de tubarão do filme, em que o bicho morde a perna de um banhista, mesmo a água estando na altura do joelho. O jovem é resgatado e atendido na areia da praia. Problema resolvido? Não. Todos os outros banhistas ficam correndo e gritando de um lado para o outro sem o menor motivo aparente. Eu esperava que ao menos juntasse um grupo de curiosos em cima do rapaz com a perna mordida e ficasse filmando com seus celulares. Vale lembrar também que a atuação desse moço tava mais para "bati meu dedo mindinho" do que para "um tubarão fincou os dentes na minha perna.".


O "Tornabarão" (minha versão traduzida de Sharknado HUEHUEHUE) se aproxima da praia onde o mocinho super-herói indestrutível pica das galáxias, chamado Finn Shepard tem um bar. Então começa a chuva de tubarões. Um dos bichos cai no meio das pernas de uma das vítimas do início do filme, Finn estoura a cabeça do tubarão com um tiro, e seu amigo comemora dizendo, "Isso é o que você ganha por tentar me comer!".

Mas o foco não está só nos tubarões, o tornado em si também destrói bastante coisas. Como por exemplo uma roda gigante em um parque próxima que se desprende e sai rolando, igual aquela cena do Indiana Jones, lembra? É nesse momento que você percebe o porque os banhistas ficaram correndo igual retardados. É porque eles SÃO retardados, ao em vez de simplesmente corre para o lado e sair do caminho da porra de uma roda gigante(!) eles continuam apostando corrida com uma estrutura enorme de aço para ver quem corre mais rápido.

A trupi que nos acompanhará nessa épica jornada, formada por Fin, o protagonista, Nova, a garçonete, George, o bêbado e Baz, o cara que foi mordido no início, mas que se recuperou em poucas horas. Eles entram em um carro e decidem ir até a casa da ex-esposa de Fin, verificar se ela e suas duas filhas estão bem. Aparentemente os tubarões não nadam só na água e na areia, mas também no asfalto. A água mal cobre as rodas do veículo e podemos ver barbatanas se movendo na maior tranquilidade pela estrada. Eles percebem e Baz solta mais uma pérola, "Esses bichos com certeza tem um desejo ardente por mim. Como se uma "provinha" de Baz não fosse o suficiente.". A essa altura você já quer que algum tubarão coma esse infeliz para que ele cale a boca e não fale mas nenhuma frase sem sentido.

Em seguida somos apresentados a uma nova espécie de tubarão; o Tubarão Turbo. Porque o bicho em água rasa que mal dá para mover as barbatanas, vem a mil por hora e se choca com o carro. Tudo é muito mal feito. A atuação é digna daqueles comercias de chat por telefone que passa de madrugada. Os efeitos especiais parecem ter sido feitos pela mesma equipe responsável pelo Dollynho. As falas dos personagens são simplesmente escrotas. Um exemplo de como os personagens e suas falas são toscas, é quando o grupo diminui, devido a uma onda de tubarões que acerta George, o bebum. O bicho o morde e o cara grita, "Ai! Sai de cima de mim!".
Os três sobreviventes chegam na casa de April, a ex-esposa (interpretada por Tara Reid). A princípio ela não quer deixar Fin e seus amigos entrarem, mas quando um tubarão salta de dentro de um bueiro e é morto com um tiro de escopeta pela garçonete, April não tem como negar não é?



É melhor eu parar por aqui, por que senão vou contar o filme inteiro. Mas não pense que a sessão de bizarrices termina por aqui, ainda tem um casa de dois andares sendo inundada enquanto a rua está com água rasa, um helicóptero perfeitamente estabilizado mesmo estando a menos de 20 metros do tornado, um tubarão voador sendo partido ao meio com uma serra elétrica ainda no ar, um rapaz que perde um braço e sangra pela boca, e até um momento bizarríssimo em que tacam fogo na água e ela explode UASDHUIASHDIUSAHDIUSAHDIUASHDUISAHDUISAHDIUSAHDUIASHDIUASHDIUASHDUIASHDUIASHDUISAHDUIASHDIUASHDUIASHDUASD.

Para terminar essa crítica de uma forma legal, deixo para vocês algumas falas dos personagens que realmente chamaram a minha atenção:
"Parece aqueles dias do mês", Baz diz ao ver a água repleta de sangue, depois do atual namorado de April ser devorado por um tubarão.
"Apocalipse é o meu rabo. Deus não está com raiva. Os alienígenas não estão vindo. É o governo. Com G maiúsculo.", disse o dono de uma lojinha ao ver a notícia do "sharknado" na TV. 
"Seis pessoas entraram na água. E uma garotinha saiu. Os tubarões levaram o resto. Levaram meu avó e por isso eu relamente odeio tubarões", a garçonete disse chorando enquanto explicava a origem da cicatriz em sua perna. 
"Nossa... Agora eu odeio tubarões também.", o filho de Fin disse em resposta a frase acima.
QUANTO VALE?
Vale um pipoca... Porém, apesar do filme ser muito ruim, vale muito a pena ver. Sério! Não como terror ou ficção científica. O filme é tão pretensiosamente bizarro, que você precisa assistir. 

Comentários
8 Comentários

8 comentários:

  1. Respostas
    1. perfeito! um bom filme para eu assistir co minhas alpacas albinas enquanto eu fumo um bolo de 2Kg de crack!!!
      kkkkkkkk
      Ah, Monalisa, tá aqui um bom link, mas espero que vc não se importe de fechar propagandas antes de conseguir abrir o player...

      Excluir
    2. sorry, esqueci de colocar o link:
      http://megafilmeshd.net/sharknado/

      Excluir
  2. A melhor fala é ESSA: "Precisamos de um helicóptero maior", versão tosca para "Precisamos de um barco maior" do Tubarão original. hahahahahahahahahahahaahahahahahahahahahahaahaahhahaha

    ResponderExcluir
  3. A melhor fala é ESSA: "Precisamos de um helicóptero maior", versão tosca para "Precisamos de um barco maior" do Tubarão original. hahahahahahahahahahahaahahahahahahahahahahaahaahhahaha

    ResponderExcluir
  4. Eu tinha uma pequena esperança pra esse filme....Não mais

    ResponderExcluir
  5. kkkkkkkkkkkkkkk, cara ri do começo ao fim, eu tenho que ver essa porra!

    ResponderExcluir

Comente. É de graça e ajuda o moderador a criar conteúdo de qualidade para você. Todo mundo sai ganhando.