domingo, 30 de junho de 2013

Crítica: Black Mirror - Episódio 3

Chegamos ao final da primeira temporada. "Mas já?" Você pergunta. Sim, já.
Tudo que é bom dura pouco, e a primeira temporada de Black Mirror durou apenas três episódios. Mas não se preocupem, a série teve uma segunda temporada (com apenas três episódios também) que em breve postarei as respectivas críticas aqui. Por enquanto, fiquemos com o Season Finale...

The entire history of you (Toda a sua história)
O conceito de privacidade mudou. Se você acha alguém atrás de você enquanto utiliza o facebook falta de educação imagine passar todas as suas memórias visuais em um telão? Em algum lugar do futuro, as pessoas recebem um implante chamado "Grão" em suas cabeças. Esse implantes gravam todas as imagens que você vê, e posteriormente permite que você os reproduza em qualquer televisor ou até mesmo em seu próprio olhos (Google Glass, já ouviu falar?). Nosso protagonista aqui é Liam, um jovem advogado lidando com um dilema ético em sua profissão. Mas o maior dilema de sua vida é a desconfiança da amizade de sua mulher com um outro cara chamado Jonas.
Era para ser apenas mais um caso de ciúmes e discussões, se não fosse a tecnologia. Afinal, ele pode rever as próprias memórias e ver cada mínimo detalhe. E quem sabe até forçar a esposa e o suposto amante a passar as próprias memórias, por que não?



Esse episódio não tem ninguém transando com porco ou cantoras se prostituindo, mas sem dúvida alguma foi o episódio mais inquietante dessa temporada. Acompanhar Liam em sua busca para saber se sua esposa realmente o trai fica mais angustiante a cada pequena dica que é derramada na tela. O terror psicológico é extremamente bem construído.
Liam é um cara bastante seguro e confiante, tanto em si como no seu casamento, e isso vai desmoronando conforme a desconfiança aumenta.
Esse episódio não tem uma ambientação tão futurística nem nada do tipo, mas mostra como uma simples tecnologia pode mudar as pessoas. Para mim foi o episódio que melhor explorou o conceito da série.


Não dá para citar muitas cenas do episódio pois cada uma delas representa um reviravolta. Uma teia de acontecimentos que pouco a pouco vão se encaixando até terminar em um final "semi-aberto".

Essa resenha foi bastante curta, mas em breve tem mais. Segunda temporada saiu faz tempo. Aguardem...
Comentários
5 Comentários

5 comentários:

  1. Discordo, liam têm apresta vários comportamentos neuróticos, a crítica justamente está ai. Devemos saber de tudo, seriamos felizes com isso? Liam é neurótico é representando uma classe da sociedade do facebook que fica criando perfis falsos para investigar o perfil do parceiro(a), e todos os personagens demonstram como uma tecnologia incrível é maravilhosa é ultilizada da maneira errada(alo internet). Discordo muito de vc quando diz que este é o episodio mais pertubador(título que ganha fácil o episódio 2). As metáforas se tratam mais sobre o egoísmo do ser humano é mania de controle, enquanto os outros episódios demostravam o quanto a sociedade é manipulada é burra(principalmente o episódio 2).

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    1. a traição é a prova que toda neurose dele faz sentido. Antes da neurose existe a traição concreta.

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    2. Pelo menos o Lian descobriu q o filho era do amante.
      Muita sacanagem criar filho dos outros!
      Ele não é paranóico, ele simplesmente percebeu q a mulher estava traindo ele na cara.
      É ele preferiu tirar essas memórias da vida dele!
      Como qualquer ser normal faria!

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  2. Centrar-se na questão de fundo (traição, ciúmes etc.) é perder o episódio.

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  3. Concordo com a crítica. Se não fosse a neurose dele já mais descobriria a vida falsa que ele vivia, existem muitos casais que já mais saberão a vida falsa que levam ... O ep faz pensar o quanto as pessoas escondem.

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