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sábado, 24 de novembro de 2012

Lendas Urbanas - A velha no cemitério

Reza a lenda que uma garota que era uma estudante de Psicologia estava no final de seu curso e ficou responsável por pesquisar o comportamento das pessoas nos velórios e enterros. Primeiro, ela estudou teorias sobre este comportamento. Mas depois a estudante resolveu partir para a prática; visitando discretamente velórios e enterros de estranhos.

O primeiro velório foi o de um senhor de idade que tinha sido um professor famoso. Esta cerimônia foi cheia de pompas e discursos. Porém, uma pessoa em especial chamou a atenção da estudante: era uma idosa de cabelos brancos, vestida de preto, com uma mantilha negra e antiga na cabeça. A primeira vez que a estudante olhou para esta mulher, teve a impressão de que esta velhinha não tinha pernas e estava flutuando. Porém, depois a estudante olhou novamente para esta esquisita figura, viu as suas pernas normais e concluiu que aquilo poderia ter sido uma ilusão de ótica.



O segundo velório visitado pela estudante foi de uma criança de classe baixa, num bairro muito popular. Esta estudante estava observando o comportamento das pessoas quando viu novamente a estranha senhora do primeiro velório. Então, a acadêmica resolveu olhar para a mulher com mais cuidado. Porém a velhinha olhou em sua direção e a estudante teve a impressão de ter visto duas estrelas no lugar dos globos oculares desta mulher. Então a moça pensou que isto poderia ter sido uma bobagem de sua cabeça.

O terceiro velório , que graduanda visitou , foi o velório de um empresário milionário, amigo de sua família. Por ser um velório de gente importante, só entrava quem fosse conhecido. A estudante entrou, mas dentro do local ela teve uma surpresa; a idosa esquisita estava lá também. Assim a estudante também resolveu ir ao enterro deste homem rico e aquela estranha senhora foi junto. Após o enterro, a estudante decidiu seguir aquela idosa esquisita, que ficou algum tempo andando pelo cemitério até que parou num túmulo marrom. Então a estudante notou que a mulher da foto do túmulo era aquela mesma velhinha estranha e sem querer soltou uma exclamação:

– Ave!

 Assim, a idosa olhou para trás e disse:

- Ave minha filha!

Desta maneira, a estudante falou:

- Como é possível?! A foto da mulher enterrada neste túmulo é a cara da senhora!

 Deste jeito, a velha explicou:

- Bem, isto faz sentido, porque esta mulher que está aí enterrada neste túmulo marrom sou eu.

Então, a estudante disse:

– Isto não é possível… Só pode ser uma brincadeira ou uma alucinação minha! E por que a senhora visita tantos velórios e enterros?! Qual é a explicação de tudo isto?

Calmamente a velhinha falou:

- Eu nasci há algum tempo atrás… A minha vida foi indolente e sem graça. Fui filha única, não me casei, não tive filhos e não trabalhei… Eu apenas ficava vegetando em casa, sem fazer nada por preguiça. Quando meus pais morreram, eu vivi tranquilamente com a pensão que eles deixaram para mim. Mas quando eu morri a primeira coisa que eu vi foi o filme da minha vida inteira: um tremendo vazio! Em primeiro lugar, um anjo tentou me levar para o céu, mas eles não me aceitaram lá porque eu não tinha feito nada de útil para a humanidade. Depois, o mesmo anjo tentou me levar para o inferno, mas o diabo não me aceitou porque eu não era má o suficiente. Após isto, o anjo me levou para o purgatório, mas o guardião de lá, não me aceitou alegando que eu não tinha feito nenhum pecado para purgar. Então apareceu o chefe deste anjo que falou que o melhor a fazer era dar uma missão útil para mim, como colaboradora da morte.

Assim, a estudante indagou:

- E o que uma colaboradora da morte faz?

Desta maneira a velha respondeu:

- Uma colaboradora da morte tem uma missão parecida com a deste anjo; quando alguém morre, ela coloca o filme da vida desta pessoa falecida para ela ver e guia a sua alma até muitos lugares como o céu, o purgatório ou o inferno.

Após escutar tudo isto a estudante desmaiou. No hospital ela contou a história para os enfermeiros, disse que estava vendo o filme de sua vida diante dos próprios olhos e em seguida, faleceu.



Texto editado do blog  ahduvido